A técnica de corrida também é necessário aperfeiçoar o movimento dos braços, a posição da pelve e do tórax, a força utilizada nos glúteos e bíceps femorais, a posição de joelhos e coxas, a posição dos pés e o tempo de contacto com o chão e o impulso.
Movimento dos braços
Os braços regem o ritmo das pernas , por esse motivo, o balanço e o suporte correto dos braços é um fator fundamental para conseguir uma técnica de corrida eficiente. Os ombros devem estar relaxados e a caixa torácica cheia mas relaxada.
Os braços, dobrados a 90 graus, devem manter-se perto do corpo com os antebraços relaxados. Quando começar a sentir cansaço durante uma corrida longa ou dura, um movimento de braços apropriado pode ser a chave para manter o passo e continuar a avançar eficientemente.
Posição da pelve e do torso
Quando a posição da pelve e do torso são ótimas é quando pode desenvolver o máximo potencial das suas pernas. Pensar em alongar o seu tronco e contrair levemente os músculos abdominais irá ajudá-lo a correr com a pelve levemente inclinada para frente, o que fará que as ancas se posicionem diretamente sobre as pernas e a inclinação seja mais natural.
Isto regula automaticamente o comprimento do passo e faz que a corrida se torne mais dinâmica e potente.
Glúteos e bíceps femorais
A corrida torna-se mais eficiente quando os glúteos e os bíceps femorais são utilizados para gerar uma transição potente entre um passo e o seguinte.
Estes músculos ativam-se na fase de “propulsão” de um passo para o impulsionar para frente até à fase de “balanço”.
Na fase de “balanço” é preciso concentrar-se em elevar os calcanhares em direção às costas, já que isso irá ajudá-lo a utilizar a potência gerada durante a propulsão e a chegar com força ao seguinte passo.
Joelhos e quadríceps
Para conseguir uma passada de corrida estável e eficiente é muito importante a posição dos joelhos e quadríceps.
O joelho deve apontar para frente e estar alinhado ao corpo podendo elevar-se um pouco mais se a cadência for maior, embora nunca deva superar os 90 graus.
Manter os joelhos alinhados e as ancas elevadas torna a cadência mais fluida e reduz a oscilação vertical entre os passos.
Posição dos pés
Correr com um bom apoio e uma boa posição do pé não apenas garante a eficiência na corrida, mas também reduz o risco de lesões nos pés, coxas e joelhos, canalizando a potência das pernas para frente.
Desta forma, tanto se você pisa com o calcanhar como com a parte média do pé ou o antepé, irá gastar menos energia e, portanto, poder correr mais depressa, mais longe e mais facilmente.
Contato com o chão e impulso
Um dos fatores mais importantes é conseguir reduzir o tempo de contacto com o chão.
Dado que cada impacto com o chão equivale a quatro ou cinco vezes o seu peso corporal, um menor tempo de contacto com o chão e um impulso eficiente são cruciais. Isto se consegue “rodando” para frente, levando rapidamente o peso para o antepé para descolar com força.
Além disso, um contacto com o chão mais curto ajuda a tornar mais confortável e fluida a sucessão dos passos, reduzindo o risco de lesões.
Correr em subida e em descida
É importante ajustar a técnica aos diversos tipos de pista. No entanto, é possível maximizar a eficiência da sua técnica tanto em treinos em subida como em treinos em descida.
Quando correr em descida deverá relaxar-se e manter o tronco erguido permitindo que o seu corpo aumente naturalmente o passo e os movimentos.
Não se esforce para dar passos mais curtos ou declinados. Quando correr em subida deverá elevar levemente os pés e inclinar-se levemente para frente, aproveitando o balanço dos seus braços. Os seus passos irão ser naturalmente mais curtos, mas igualmente poderosos.
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